Você já se pegou deitado, preparado para ir dormir, navegando compulsivamente pela internet atrás de notícias e informações sobre qualquer assunto?
Ainda que seja uma prática comum, é preciso ficar atento ao tipo de conteúdo que está sendo consumido, já que a maioria alimenta uma ação compulsiva e nociva para o corpo humano, denominada de doomscrolling.
A palavra, que em tradução livre significa "rolagem da desgraça", viralizou nas redes sociais em 2020, no auge do período pandêmico, e chegou a ser escolhido a palavra do mês no site Dictionary.com.
O renomado dicionário inglês Oxford também reconheceu a importância do fenômeno para o contexto na época, e elegeu como a palavra do ano para 2020.
A prática é totalmente potencializada pela hiperinformação. Em outras palavras, pelo excesso de informações e conteúdo que um usuário comum de internet tem acesso ao utilizar apenas funções básicas da internet, como redes sociais e mecanismos de pesquisa.
Neste texto, a Ti.Net, provedora de internet fibra óptica, vai apresentar para você o fenômeno que tomou conta da experiência da maior parte dos usuários da internet, ainda que de forma inconsciente, bem como dicas e outras informações para você ficar antenado e evitar possíveis sintomas e outros sinais de doomscrolling na sua experiência com a internet. Vamos lá?
O doomscrolling ou doomsurfing, em tradução livre "rolagem da desgraça", é o ato de navegar pela internet, principalmente nas redes sociais, atrás de notícias negativas.
O excesso de informações disponíveis na internet torna essa ação praticamente impulsiva. Ou seja, que é realizada de forma inconsciente e automática pelos usuários da internet. Muitas pessoas que praticam o doomscrolling não chegam nem a perceber essa ação.
O termo ganhou força em 2018, mas viralizou mesmo em 2020, quando estávamos no auge da pandemia da COVID-19. Na época, a prática era bastante comum, até porque vivíamos "presos" nas nossas casas por conta de um fenômeno sem precedentes, e era normal que fossemos atrás de informações sobre o mundo.
Além disso, todo o contexto de crise política, econômica, altas taxas de fome e desemprego que assombram a maioria dos países no mundo são fatores que auxiliam na prática do doomscrolling.
O doomscrolling é causado e potencializado pelo processo de hiperinformação, que, dependendo do contexto, gera uma sensação de que as notícias ruins estão em todos os lugares e que é impossível fugir delas.
Além disso, ele acontece porque o usuário de internet, em alguns casos, possui expectativas negativas inconscientes com o conteúdo que consome e que, naturalmente, precisam ser atendidas.
E mesmo sabendo da procedência e da natureza do conteúdo, sejam notícias ruins, comentários de trolls, ou postagens absurdas, o usuário continuar indo atrás desse tipo de material é o que caracteriza o doomscrolling, ou seja, um ciclo de navegação à procura de conteúdos com teor negativo.
Não podemos deixar de mencionar que o design das plataformas online e, principalmente, das redes sociais, certamente, não ajuda a combater o doomscrolling. A facilidade e rapidez em atualizar o feed ajuda a disseminar cada vez mais posts e anúncios aos usuários.
Ken Yeager, psiquiatra do Centro Médico Wexner da Ohio State University (EUA), fala sobre a necessidade inata de praticar o doomscrolling. Para ele, se a gente "conhece nosso inimigo", podemos desenvolver melhores armas para combatê-lo, como se a informação fosse um mecanismo que nos ajudasse a sobreviver.
O problema é que essa obsessão pela informação desperta sentimentos de tristeza, isolamento, ansiedade e depressão, e atuam até mesmo como gatilhos para diversos tipos de transtorno de saúde mental.
Outra causa do doomscrolling é a tendência do ser humano a gostar do medo, ou melhor, estimular a produção de adrenalina. O mesmo fenômeno que acontece em filmes de terror, aventuras, trilhas, parques de diversão ou, por exemplo, pular de paraquedas.
O que não esperávamos é que essa prática, além de viciante, acompanhasse inúmeros prejuízos para a nossa saúde, impedindo que o usuário viva o momento, e atenda suas vontades, necessidades e desejos positivos.
Indivíduos que já sofrem com problemas de saúde mental são mais propensos a praticar doomscrolling. Isso acontece porque quanto mais ansiedade temos, mais queremos controlar as pessoas ao nosso redor, e até mesmo a realidade, levando o indivíduo à hiperinformação para "satisfazer" essa necessidade.
Além disso, o excesso de medo gera uma alta produção de cortisol e adrenalina. E as consequências desses estímulos incluem dor de cabeça, problemas com sono, obesidade, burnout, perda de memória, complicações digestivas, ansiedade e depressão.
O problema não está na produção de adrenalina e cortisol, já que esses dois hormônios são extremamente úteis para a sobrevivência do ser humano. O problema está quando há um excesso de produção, principalmente em longos períodos de tempo
Outro prejuízo do excesso de produção desses hormônios é o estresse, que leva a problemas com pressão arterial, doenças cardiovasculares e alterações no sono.
O primeiro passo para evitar a prática do doomscrolling é reconhecer os sintomas. Pode ser difícil perceber, já que navegar pela internet é um ato praticamente automático, e a exposição a conteúdos negativos sempre vai acontecer.
Entretanto, quanto mais cedo você identificar, mais fácil e rápido você será fugir.
Os celulares da atual geração, normalmente, vêm acompanhados de mecanismos que medem seu tempo de tela e uso dos aplicativos.
É interessante ficar de olho nesses números para ter uma noção de quanto tempo você passa usando a internet e, consequentemente, exposto ao doomscrolling.
Além disso, as próprias mídias sociais disponibilizam mecanismos para você filtrar o conteúdo que consome.
O doomscrolling não é o único motivo pelo qual você deve ficar longe da internet ao longo do dia.
Preocupe-se com qualquer outra atividade que te deixe longe das redes sociais e portais de notícias. Foque nos seus hobbies, se divirta com jogos, cozinha, livros e, principalmente, faça exercícios físicos.
Os benefícios de realizar uma simples caminhada podem fazer toda a diferença para combater o doomscrolling e melhorar sua saúde mental, principalmente se você já apresenta sintomas ou quadros de ansiedade.
Para manter a rotina e se livrar cada vez mais da "rolagem da desgraça", não há prática mais importante que reconhecer a melhora do seu quadro.
A internet é uma fonte quase infinita de conteúdos, e a sua experiência nela pode ser extremamente positiva, desde que não seja utilizada em excesso e para alimentar vícios.
Para mais dicas sobre como tornar a sua experiência ainda mais produtiva e positiva, confira as outras postagens do nosso blog.
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